Como aprender storytelling com os melhores no assunto

Como aprender storytelling com os melhores no assunto

Você já parou pra reparar que o cinema vai contra tudo o que as novas tendências de comportamento humano apontam?

Não conseguimos ficar olhando por 15 segundos um storie que já clicamos na tela, mas por que raios investimos 3 horas dentro de uma sala escura, onde não podemos mexer no celular, para ver um filme que conta uma história de super-herói que nunca existirá?

E como esse filme faz metade da sessão chorar como criança quando um personagem morre nos momentos finais da película? As pessoas não choram nem quando uma família é cruelmente assassinada e noticiada no jornal do horário nobre…

O que há de tão mágico nisso tudo para gerar efeitos tão surreais?

Storytelling, ou seja, o ato de contar histórias relevantes e envolventes.

Relevante (Story): roteiro capaz de prender a atenção da audiência ao longo de toda a comunicação.

Envolvente (Telling): criar conexões emocionais com o público a ponto de despertar ações ou comportamentos direcionados.

Holywood fatura bilhões de dólares anualmente contando grandes histórias. Óbvio que existem filmes que faturam alto e são péssimos, não agregam em muita coisa, mas gosto é que nem umbigo, né?

Meu foco nesse artigo serão os filmes bons, os clássicos, aqueles que as pessoas assistem mais de uma vez, indicam pros outros, que dentro de sua narrativa abordam temas relevantes, despertam sentimentos diferentes…

Oi, meu nome é Chris e sou cinéfilo

Sim, eu admito que sou cinéfilo. Vou ao cinema sozinho, assisto a um filme mais de uma vez e não ligo pra spoiler.

Mas graças a esse costume que adquiri lá em 2013, quando comecei a estudar oratória, eu melhorei demais minhas habilidades de contar boas histórias.

Meu estilo de comunicação era típico de uma pessoa tímida: quanto mais objetivo e direto eu era, mais rápida a tortura de falar com alguém acabava.

O problema é que eu era chato. Dificilmente capitaneava as conversas dentro de um grupo. Tinha que me esforçar para manter a atenção das pessoas por mais de 1 minuto sem que alguém me interrompesse.

Quando entrei na empresa júnior, passei a ter espaço para defender minhas ideias, me comunicar com clientes, liderar e ensinar pessoas. Se eu continuasse com a mesma postura de comunicação, seria um fracasso em todas essas esferas.

Como eu conheci o mundo da 7ª arte

Nessa época, eu descobri o site www.cinepop.com.br e passei a conferir suas notícias diariamente. Esse é um portal que conta sobre a evolução de diversas produções e possui análises de filmes muito boas (tanto em vídeos quanto escritas).

Comecei a anotar os filmes mais bem aceitos pela crítica e ia no cinema conferir. No início, eu lia a crítica antes e ia ver o filme, pois dessa forma eu entendia alguns aspectos técnicos como roteiro, atuação, fotografia ou direção e tentava captar isso ao longo da projeção.

Depois de um tempo, eu passei a fazer o oposto. Uma vez que eu já sabia identificar os principais fatores técnicos, eu passava a ver o filme e ia comparar as minhas impressões com as das críticas especializadas.

Um nítido movimento de seek, sense e share (tema pro próximo artigo).

Nesse processo, o aprendizado bruto não foi em relação ao story, mas sim ao telling. Observando aspectos como fotografia, direção, atuação e trilha sonora, você entende o por quê de cada coisa ser colocada na ordem e tempo corretos para despertar emoções e percepções direcionadas no público.

O raio x de uma boa história

Nessa época, conheci Joni Galvão através de seu livro Super-Histórias No Mundo Corporativo, um dos maiores storytellers do Brasil.

Ao mesmo tempo, comecei a ver todos os vídeos incríveis lançados no canal do YouTube Lessons from the Screenplay, de Michael Tucker, onde filmes com roteiros que beiram a perfeição são analisados em detalhes e referenciados para os especialistas mais renomados de Holywood.

Foi assim que aprendi a construir de uma história, os personagens, a sequência de etapas, os conflitos que movem a narrativa adiante.

Existem várias estruturas possíveis para fugir da mesmice e contar histórias relevantes e envolventes, sendo que a Jornada do Herói, de Joseph Campbell é a mais famosa delas.

Quando você começa a entender as entrelinhas dos roteiros e conectar com os complementos sonoros e visuais dos filmes, fica mais claro por que uma sociedade que não consegue mais ficar parado por mais de 10 minutos sem conferir o celular, passa 3 horas dentro de uma sala escura vidrada em um telão.

“Storytelling não faz milagre. Trata-se, sim, de uma ferramenta para o engajamento de pessoas, mas só funciona se fizer sentido no contexto em que é utilizada.” – Joni Galvão

Essa é a minha dica pra você e que vem me gerando grandes resultados no tema. Assista mais filmes, leia análises especializadas e com o tempo você passará a pensar suas apresentações e conversas rotineiras de forma mais “Holywoodiana”, conquistando a atenção e envolvimento do público em questão.

Detalharei a construção de uma boa história, os tipos de estruturas narrativas e as ferramentas de suporte que você consegue usar em um próximo artigo.

Oi, prazer, eu sou o Chris.

Produzo conteúdo e cursos sobre oratória aplicada ao mercado de trabalho.

Faço mentoring de jovens profissionais que desejam planejar uma carreira cheia de propósito e autoconhecimento, construir uma marca pessoal forte e mostrar diariamente todo seu potencial.

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